Ela surge durante a formação da semente do coqueiro. Ali
dentro dela, o embrião - estrutura que dará origem a uma nova planta - nasce da
união de uma célula sexual (gameta) feminina com outra masculina. Quando isso
acontece, uma célula do óvulo com dois núcleos é fecundada e dessa segunda
união é que se forma a água de coco, com a função de servir como reserva de
alimento para o embrião.
"Trata-se de uma característica que apareceu com as angiospermas, como são chamadas as plantas com flores. Elas só produzem tecidos de nutrição se houver um embrião, evitando desperdício”, afirma a bióloga Nanuza Luiza de Menezes, da USP. Enquanto o coco começa a desenvolver suas várias camadas, como uma grande embalagem para a semente, a substância que servirá de alimento para o embrião se divide milhares de vezes.
"Mas apenas o
núcleo da célula se divide e não ela inteira. Por isso, nessa fase, o tecido
nutritivo ainda é líquido e não sólido, como em outros vegetais”, diz o
engenheiro agrônomo Luiz Antonio Junqueira Teixeira, do Instituto Agronômico de
Campinas (IAC). Quando essas divisões terminam, os núcleos se depositam nas
paredes internas do coco. A partir daí, com o crescimento das paredes celulares
e do "recheio" das células, a água aos poucos se transforma em um
alimento sólido, criando aquela parte branca e carnosa de onde se extrai o coco
ralado.
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